quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Raiz Forte na Adolescência e Juventude

Bom dia queridos!!!!
Acabou de sair do forno mais um episódio da série “Raiz Forte”, é o segundo de três filmes e retrata uma fase muito importante na construção da nossa auto-estima, a adolescência. 
Idealizado pela pesquisadora e fotógrafa Charlene Bicalho e pelo artista multimídia sensorial e também diretor de arte Pedro Ribeiro a série é carinhosamente produzida em parceria com o coletivo Compartilhe Ou Nada! e com apoio do Blog Garganta.
Encontrei nessa série exemplos de experiências em comum e lições que acrescentamos á nossa bagagem de vida, mesmo separados pela tela do computador.
A adolescência trata-se de um momento determinante, especial em nossas vidas e é uma fase em que estamos buscando nosso lugar no mundo, mas ás vezes perdidos e volúveis a críticas.


Espero que se identifiquem e se espelhem nessas histórias recheadas de descobertas pessoais e muita força de vontade.

Beeeijos e felicidades a todos!!

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Raiz Forte


Olá amigos!
Filmes inspiradores, histórias que nos incentivam a fazer diferente e a mudar direções que tomamos involuntariamente.
Em todo Brasil, em todo mundo, casos semelhantes e questões que abrangem educação, cultura, heranças de costumes e raízes que marcam pela força, mas não superam nossa vontade de nos sentirmos livres de qualquer tipo de rótulo.
Compartilho com vocês o primeiro episódio da série “Raiz Forte”, idealizada pela pesquisadora e fotógrafa Charlene Bicalho e pelo artista multimídia sensorial e também diretor de arte Pedro Ribeiro a série é carinhosamente produzida em parceria com o coletivo Compartilhe Ou Nada! e com apoio do Blog Garganta.


Foi muito importante ver que a onda de atitude que contagia e renova por onde passa é uma realidade.

Aproveitem!!
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Beijos á todos!!!

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sábado, 8 de setembro de 2012

Ser natural é natural

Ajustar-se á um padrão, seja estético ou comportamental, para ser aceito em um meio comercial, social ou mesmo familiar pode ter ajudado várias pessoas em muitas situações, mas com certeza não resolveu a questão por trás dessa atitude.
Vivenciei essa experiência da forma mais comum possível, convivendo com a dura forma de pensar de uma sociedade tradicionalista e preconceituosa, porém ao longo dos anos consegui mudar minha história.
A dificuldade (não proposital) da minha família em lidar com meu cabelo afro foi a primeira barreira e assim tive a infância mais cheia de tranças que uma criança poderia ter...

A possibilidade de usar o cabelo solto assustava á todos, consequente a mim. Mantinha esse desejo sempre abafado e procurava me conformar com esta condição, usando o cabelo preso como era de consenso. 
Realizar o sonho do cabelo solto era raramente possível, mas baseado nas leis estéticas do “estica, puxa e esquenta”, com sessão mínima de 6 horas num salão de beleza, a garotinha poderia sair com cabelos "lindos, lisos e macios" - que com certeza, se desmanchariam no primeiro ventinho.  

A última tentativa de domar os fios era a touca de meia que era feita já na hora de dormir.

                                                                          Com 8 anos

Passei anos sem saber como lidar com o “problema”. Nesta fase fiquei mais introspectiva e analítica, buscando minha identidade e o lugar onde eu estava inserida nessa sociedade, então comecei a chegar á algumas conclusões que me levaram a encarar a questão com outros olhos.
 Aos 13 anos, para começar do zero, decidi cortar o cabelo bem curto e aprender a cuidar das madeixas enquanto cresciam com sua forma natural.
Minha irmã foi ainda mais drástica, na tentativa se livrar do problema, raspou a cabeleira na máquina 2  e ao longo dos anos acabou cedendo ao padrão estético terminando no alisamento eterno.
Voltando á minha tentativa de aprender á lidar com meus cachos, tive grandes frustrações passando de uma infância de tranças para uma adolescência de coques.  

Era muito difícil aceitar aquele volume excessivo e encarar o mundo de cabelos ao vento, pois isso esbarrava no “conceito estético” da época e minha imaturidade para lidar com essa pressão social me deixava sem ação.
A fase seguinte teve a solução que mais agradava á todos - o alisamento. 

Na minha visão limitada, eu não seria aceita na sociedade interiorana onde vivia e por isso passei a ter o visual politicamente correto que poderia me inserir. Mantive meu cabelo liso por muitos anos e assim me encaixei de forma discreta no “conceito estético” imposto.
Os processos químicos me deram não só um cabelo novo e totalmente transformado como também uma postura influenciada, cada vez mais retraída e envergonhada do que eu era.
A atitude inicial de me aceitar já se acumulava no peito e partiu do velho conceito de que as pessoas devem gostar de nós, como nós somos. Simples né?

Colocar esse conceito em prática transformou mais que minha aparência, mas também a maneira como eu me apresentava às pessoas. Passei a ter orgulho de mim mesma, a não me abalar mais com as críticas e a me aceitar da forma mais natural possível. O processo foi engrandecedor.

Minha transição total se deu em dois anos. Esse prazo serviu como tempo de auto- conhecimento e muita coisa boa floresceu em mim á partir disso.

                             1- Liso  2- Depois do corte da química 3- Pontas lisas 4- Hoje 100% natural
Á alguns anos atrás era realmente muito mais complicado ousar revelar sua personalidade através do seu modo de vestir ou agir. Hoje a cobrança da sociedade em relação a uma “aparência padronizada” cedeu consideravelmente.
Ser original é  poder ser quem realmente somos, é poder transparecer á todos de forma livre e natural  nossa essência, sem que tenhamos que nos adaptar á padrões ou regras,  é saber que somos mais do que a imagem que aparentamos.



Isso passa pela proposta de repensar a sua história de vida e decidir se o que deve mudar ou se manter como de origem é só a sua aparência ou, antes de tudo, as suas atitudes em relação à sua essência.


Um grande beijo!


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