sábado, 27 de setembro de 2014

Palmada boa



Extinto materno é uma coisa estranha... Ele passa por uma série de fatores que mostram que a gente está desabrochando para a maternidade.
Enquanto eu não realizo essa vontade involuntária do meu corpo e da minha mente, eu viajo... Me pego pensando na educação dos meus filhos (???) e na educação que tive.

Toda família tem uma criança que infelizmente desenvolve características no mínimo “chatas” como a teimosia, a intransigência e a falta de respeito ao próximo. FATO.

Como domar essas feras??

Me pergunto sobre o efeito das palmadas. Tudo que é demais sobra e no caso das palmadas isso também é válido.
Quem nunca levou umas palmadas que se pronuncie, por que notei que as palmadas corretivas que levei não me causaram nenhum trauma, pelo contrário, foram a medida para impor limites as minhas atitudes.



Elas me faziam “lembrar” de algumas questões em que eu insistia em tomar minhas próprias decisões, sem ter o discernimento necessário para isso. Ás vezes eu me achava incompreendida (pobre criança rsrs), mas na maioria das vezes, tinha plena certeza que estava fazendo algo que não era adequado e que se alguma coisa saísse errado, o chinelo me refrescaria a memória do que eu tentava ignorar.

Palmadas coerentes com cada situação foram válidas na minha educação sim. Mas quando as palmadas se transformam em ação de desabafo ou descontrole emocional por stress, ela vira violência. Essa é a diferença e essa diferença muitas vezes nos leva a culpa.

Lidar com a culpa é sempre muito pesado. E a culpa existe com palmada ou sem palmada. Tem a culpa por ter batido e com isso ter magoado a criança e tem a culpa por não ter batido, mas se deixado dominar pela criança.

“Será que descontei minha raiva na pessoa errada ou ela merecia mesmo umas palmadas?”

Respeito, hierarquia familiar, medo... são questões em torno da palmada.

Comportamento drástico, medidas drásticas. A palmada com certeza é uma medida drástica, mas quando uma atitude infantil passa dos limites, ela se equipara a esta atitude e se torna adequada.

Volta e meia em uma conversa sobre as bagunças da infância, minha mãe com o olhar baixo, me pede desculpa pelas palmadas. Besteira. Bacana pedir desculpas, mas por mais que as palmadas tenham me ajudado, uma mãe nunca vai deixar de revisitar a sensação de culpa quando tocar no assunto.

A recompensa que prova que ela não passou da conta, está em mim hoje. 

Valeu.

Beijos á todos e bom fim de semana!!

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